terça-feira, 22 de dezembro de 2015

NATAL: A REVOLUÇÃO

Aqui deixamos um artigo, muito a propósito do Natal que se aproxima.
Boas Festas!


Anselmo Borges

Jesus Cristo é figura "decisiva, determinante" da História da Humanidade

(Anselmo Borges).- 1- Jesus Cristo é figura "decisiva, determinante" da História da Humanidade. Quem o disse foi um dos grandes filósofos do século XX, Karl Jaspers. A pergunta é: porquê?
Crentes ou não, cristãos ou não, têm de reconhecer a Wirkungsgeschichte de Jesus, isto é, a história dos efeitos ou das repercussões, assombrosamente humana e positiva, de Jesus na História. Por exemplo, o próprio conceito de "pessoa" veio ao mundo por influência do cristianismo, por causa dos debates à volta da tentativa de compreender a pessoa de Jesus. Foi em solo de base cristã que, embora tenham tido de impor-se contra a Igreja oficial, se deram as grandes Declarações dos Direitos Humanos.
Isso é reconhecido por grandes pensadores, inclusive não crentes. Hegel afirmou que foi pelo cristianismo que se tomou consciência de que todos são livres. Ernst Bloch, marxista heterodoxo e ateu, escreveu que é ao cristianismo que se deve a exigência de que nenhum ser humano pode ser tratado como "gado". Jürgen Habermas, agnóstico, afirma que a democracia, com "um homem um voto", é a transposição para a política da afirmação cristã de que Deus se relaciona pessoalmente com cada homem e mulher. Frederico Lourenço - para citar um português -, que se confessa ex-católico, agnóstico, escreve: "Não tenho nenhum problema em afirmar que, pessoalmente, considero Jesus de Nazaré a figura mais admirável de toda a história da Humanidade", Jesus foi "o homem mais extraordinário que alguma vez viveu".


2- Evidentemente, a Wirkungsgeschichte, a história dos efeitos de Jesus na História, tem a sua base na história real de Jesus, no que ele disse e fez, na revolução que operou.
Esta revolução é a revolução da sua compreensão de Deus. Realmente, Jesus não veio revelar que há Deus, pois, se hoje a existência de Deus é problemática, não o era na altura. Jesus veio dizer, por palavras e obras, a sua experiência radical de Deus: Deus é amor incondicional, Abbá, Paizinho querido, que ama a todos, a começar por aqueles e aquelas que não são amados, os mais pobres, abandonados, humilhados. Assim, uma das palavras mais revolucionárias da história das religiões é esta: "O homem não foi feito para o sábado, mas o sábado para o homem", o que significa que mesmo as leis consideradas sagradas só o são se e na medida em que estiverem ao serviço do ser humano, da sua dignidade, liberdade, felicidade. Jesus antepôs a justiça e o amor ao culto: "Ide aprender: Deus quer misericórdia e não sacrifícios."
Por isso, os primeiros a serem verberados foram os profissionais da religião, que exploravam o povo em nome de Deus. E pôs-se ao lado das crianças, que não tinham relevância: "Deixai vir a mim as criancinhas, pois dos que são como elas é o Reino de Deus" - contra insinuações insidiosas quanto a estas palavras, acrescente-se que Jesus também disse: "Ai de quem escandalizar uma criança. Mais valia atar-lhe uma mó de moinho ao pescoço e deitá-lo ao mar." As mulheres têm razões para estar de mal com a Igreja institucional, mas devem saber que Jesus constitui um marco histórico na história da sua emancipação: superando proibições, teve discípulos e discípulas.
Inauditas são as palavras do chamado Juízo Final. Ali se diz que o que determina o julgamento não são actos religiosos no sentido comum da palavra, mas o que se faz aos outros, mesmo não sabendo que é a Deus que se faz: "Tive fome, sede, estava nu, na cadeia, no hospital, e destes-me de comer, de beber, vestistes-me, fostes ver-me..." Em ordem à salvação, nada se pergunta de confessional, tudo se centra nas respostas práticas às dificuldades das pessoas, independentemente da sua cor, etnia, sexo, de serem religiosas ou não.
Jesus não quis tomar o poder político: "Vim para servir, não para ser servido", "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Mas foi mandado crucificar como blasfemo e subversivo social e político. Pilatos, representante do poder imperial de Roma, que o condenou, não podia imaginar que aquele desgraçado seria figura "decisiva, determinante" da História. Deus confirmou a sua vida e a sua morte para dar testemunho da verdade e do amor: na morte, Jesus não encontrou o nada, mas a plenitude da vida em Deus, que é amor.


3- Custa-me a entender como é que os europeus parecem menosprezar a sua herança cristã, como indicam, por exemplo, a proibição de um anúncio, porque contém o Pai Nosso, ou a política de acabar com sinais cristãos da nossa cultura, como a presença de presépios em espaços públicos. Seja como for, é Karl Rahner, talvez o maior teólogo católico do século XX - tenho a honra de ter sido seu aluno -, que tem razão, quando escreveu: "Quando dizemos "é Natal" estamos a dizer: "Deus disse ao mundo a sua palavra última, a sua mais profunda e bela palavra numa Palavra feita carne". E esta Palavra significa: amo-vos, a ti, mundo, e a vós, seres humanos." Boas Festas!

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Recolha Alimentos - Banco Alimentar Contra a Fome

Mais uma Campanha decorreu com muita alegria, boa disposição e boa vontade, com a participação dos adolescentes e jovens do 6º ao 10º Catecismo. No final do dia de Sábado, conseguimos um total de 845kg.
Obrigado a todos os que participaram e a todos os que contribuíram!
















terça-feira, 6 de outubro de 2015

Grupo de Adultos

Sabendo da vontade expressa por muitos na celebração do sacramento do Crisma convidamos todos quantos queiram dar inicio a uma caminhada de preparação, a estar presentes no próximo Domingo, pelas 16h, no Secretariado Paroquial. A caminhada que se propõe, em grupo, com um ritmo quinzenal, segue ordem das afirmações do Credo, que pronunciamos na celebração da Eucaristia. O Credo resume toda a fé cristã, é o símbolo dos Apóstolos e  condensa as verdades essenciais para os cristãos, por isso vai permitir que conheçamos e aprofundemos, um pouco mais, a pessoa de Jesus Cristo. O método seguido é simples: em cada Domingo reflectimos uma afirmação do Credo, por exemplo, “Pai todo-poderoso”. De seguida, tentaremos perceber,perguntando e tentando responder, à luz da fé, por exemplo, a questões, como: o que é “Deus Pai”? Quem é “Deus Pai”? O que é “ser Pai”? Se é Pai, somos irmãos? Se somos irmãos, o que implica? Tratamo-nos como irmãos? O que precisamos mudar? Quem é a nossa família? Somos irmãos por causa de Quem? ... Acrescentaremos a estas, outras perguntas que surjam, até ficarmos mais esclarecidos ou com mais perguntas para fazer! De seguida passamos à seguinte afirmação, “Criador do céu e da terra” e seguimos o mesmo método!

Esperamos por si!

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

REINICIO DA CATEQUESE

No Domingo, 27 de Setembro, demos inicio a mais um ano de catequese.

Foi bom reencontrar os mais velhos e também foi grande a alegria e os braços abertos para receber as crianças e as suas família que vem pela primeira vez para a catequese.



 BEM VINDOS a todos os que recebem Jesus no seu coração

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Pode ser-se de Cristo sem pertencer ao grupo dos Doze

Começámos mais uma semana e no primeiro dia, no Domingo, Jesus fala-nos sobre a grandeza de Deus, superior aos nossos esquemas e modos de O entender!

Boa semana


Pode ser-se de Cristo sem pertencer ao grupo dos Doze

Naquele tempo, João disse a Jesus: «Mestre, nós vimos um homem a expulsar os demónios em teu nome e procurámos impedir-lho, porque ele não anda connosco».
Jesus respondeu: «Não o proibais; porque ninguém pode fazer um milagre em meu nome e depois dizer mal de mim.
Quem não é contra nós é por nós. 
Quem vos der a beber um copo de água, por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa. 
Se alguém escandalizar algum destes pequeninos que creem em mim, melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós movidas por um jumento e o lançassem ao mar. 
Se a tua mão é para ti ocasião de escândalo, corta-a; porque é melhor entrar mutilado na vida do que ter as duas mãos e ir para a Geena, para esse fogo que não se apaga. (...)

(Marcos 9, 38-43.45.47-48, Evangelho do 26.º Domingo do Tempo Comum)

Mestre, havia alguém que expulsava demónios e quisemos impedi-lo, porque não era dos nossos. Um homem, que libertava outros do mal e lhes restituía a vida, é bloqueado pelos seguidores de Jesus.
João faz-se porta-voz de uma mentalidade tacanha, feita de barreiras e de muros, para a qual não conta a vida plena do ser humano, o verdadeiro projeto de Jesus, mas a defesa identitária do grupo, o seu projeto desviado.
Colocam, portanto, a instituição antes da pessoa, as suas ideias antes do homem: o doente pode esperar, a felicidade pode aguardar.
Mas a "boa notícia" de Jesus não é um novo sistema de pensamento, é a resposta à fome de uma vida maior. O Evangelho não é uma moral, mas uma libertação perturbante.
Com efeito, Jesus surpreende os seus: qualquer um que ajude o mundo a libertar-se e a florescer é dos nossos.
Semeias amor, curas as chagas do mundo, proteges a criação? Então és dos nossos. És amigo da vida? Então és de Cristo.
Quantos seguem o Evangelho autêntico, sem sequer o saber, porque seguem o amor.
Pode ser-se de Cristo sem pertencer ao grupo dos Doze.
Pode ser-se homem e mulher de Cristo sem se ser homem e mulher da Igreja, porque o Reino de Deus é mais vasto do que a Igreja, não coincide com nenhum grupo.
Então aprendamos a fruir e a agradecer o bem, seja quem for que o faça.
Aqueles não são dos nossos. Todos o repetem: os apóstolos de então e os partidos de hoje, as Igrejas e as nações perante os migrantes. Ao contrário, Jesus era o homem sem barreiras, homem sem fronteiras, cujo projeto é um só: sejam todos irmãos.
Os seres humanos são todos dos nossos e nós somos de todos, somos «amigos do género humano» (Orígenes).
Muitas vezes sentimo-nos frustrados, impotentes, o mal é demasiado forte. Jesus diz: leva o teu copo de água, confia, o pior não prevalecerá.
Se todos os milhares de milhões de pessoas levassem o seu copo de água, que oceano de amor se estenderia a cobrir o mundo. Basta um gole de água para ser de Cristo.
Mas o anúncio de Jesus faz-se mais corajoso: dar-te-ei cem irmãos, se me seguires (Mateus 19,29), e queria dizer: cem corações nos quais repousar, mas também cem lábios para dessedentar.
O Evangelho termina com palavras duras: se a tua mão, os teus pés, o teu olho te escandalizam, corta-os. Não atribuir sempre a culpa dos males aos outros, à sociedade, à infância, às circunstâncias. O mal aninhou-se dentro de ti: está no teu olho, na tua mão, no teu coração. Procura o teu mistério sombrio e converte-o.
A solução não é uma mão cortada, mas uma mão convertida. A oferecer o seu copo de água.

P. Ermes Ronchi 
In "Avvenire" 
Trad.: Rui Jorge Martins 
Publicado em 24.09.2015
Veja mais em:   s.n.p.cultura


domingo, 30 de agosto de 2015

INICIO DA CATEQUESE

Queridos amigos,

Depois de um merecido período de descanso é altura de voltarmos às rotinas!

A catequese espera por ti. Vem rever ou fazer novos amigos.

terça-feira, 30 de junho de 2015

FESTA DE FINAL DE ANO DA CATEQUESE
2014/2015

Um dia de convívio, com jogos, música e muita diversão.

O 9º catecismo deu inicio ao dia, com uma oração elaborada pelas jovens do grupo.
                                                                                               
 

 

Depois, houve jogos, convívio entre todos e muita música









Almoço partilhado


O "Coro das 7" que nos alegrou com as suas músicas
 


A seguir ao almoço tivemos jogos de equipas, assistimos à actuação do coro infantil da catequese vimos um resumo de como foi este ano de catequese nos vários grupos.

O dia terminou com a Celebração Eucarística, 
onde podemos dar Graças a Deus pelas maravilhas que Ele faz em cada um de nós.