sexta-feira, 28 de novembro de 2014

CONCERTO DE NATAL 
Solidário a favor da Cáritas Paroquial de Vila Franca de Xira

CORO NOTAS SOLTAS


A CIÊNCIA E A FÉ

Partindo do testemunho recolhido através de uma breve entrevista feita a professores da área das ciências, o grupo do 8º catecismo refletiu na sua catequese sobre Ciência e Fé.  

Eis dois desses testemunhos recolhidos:                  
                     
Citando Augusto Jorge Cury, em "Análise da Inteligência de Cristo":

"Os nossos pensamentos estão num pequeno intervalo de tempo entre o princípio e a eternidade. A ciência trabalha dentro dos intervalos de tempo, sejam eles enormes ou extremamente pequenos. Sem o parâmetro do tempo não há ciência. Se estudar aquilo que transcorre nos intervalos de tempo é sofisticado, imagine estudar os fenómenos que estão para além dos limites do tempo, que transcorrem na eternidade. Um dos motivos da ciência ter sido tímida e omissa em investigar a inteligência de Cristo é que os seus pensamentos tratam de assuntos que extrapolam os parâmetros da ciência. 



O que é que a ciência pode dizer a respeito dos pensamentos de Cristo sobre a eternidade? Nada!

... Se estudar fenómenos observáveis, passíveis de investigação e aplicação metodológica já é uma tarefa extenuante para a ciência, imagine pesquisar aquilo que está para além dos limites da observação!

... Tais pensamentos entram na esfera da fé."




quarta-feira, 19 de novembro de 2014

PAPA FRANCISCO

"Podemos ser santos com pequenos gestos"


Catequese do Papa Francisco, na passada quarta-feira, no Vaticano, sobre 
"A Igreja Universal, Vocação à Santidade"
Ler mais em:


domingo, 16 de novembro de 2014

PAPA FRANCISCO

A Fé transmite-se com o testemunho, não com palavras.

" Ensinamos aquilo que ouvimos na Primeira Leitura: caminhar no amor e na verdade? Ou o ensinamos com as palavras mas a nossa vida prossegue outro rumo?"

(parte da homilia do Papa Francisco da Eucaristia do dia 14 Nov. na Casa de Stª Marta, no Vaticano)  


E cada um nós: Caminha no amor e na verdade?

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

«Custa-nos pensar que a matéria-prima da fé é a vida tal como é»

Vale a pena ler este texto! É uma parte da intervenção do P. José Frazão Correia, este sábado, em Lisboa, na conferência "O valor do que não tem valor no caminho espiritual".
 
Quem é o P. José Frazão Correia?

É o actual superior da comunidade de formação Pedro Arrupe, em Braga, e professor na Faculdade de Teologia.
 
 

«O Evangelho é sobretudo a possibilidade de uma vida informada pela graça - a vida real, não a vida abstrata ou ideal», e por isso cada cristão é chamado a alinhar as convicções religiosas com todas as atitudes e comportamentos da sua vida, considera o superior dos Jesuítas em Portugal.
«Vivemos claramente um desencontro entre o que professamos e o que se vive», havendo «muita gente a percecionar que o discurso da fé não tem incidência nenhuma na vida», afirmou o padre José Frazão Correia este sábado, em Lisboa, na conferência "O valor do que não tem valor no caminho espiritual".
«Custa-nos pensar que a matéria-prima da fé é a vida tal como é», parecendo «que para viver uma vida de fé intensa deveríamos dispensar a vida», apontou o provincial durante a sessão organizada pelas monjas dominicanas do mosteiro do Lumiar.
«Ao separar vida e fé, colocamo-nos numa atitude de espetadores; e basta ver a liturgia para ver que a comunidade cristã é uma comunidade de espetadores», prosseguiu o religioso da Companhia de Jesus.
Não se trata, explicou, de «abençoar» tudo o que é inerente à vida, como «injustiça, desordens, sofrimento, tristeza, confusão, ansiedade», mas é preciso ter presente que a existência humana, no que tem de bom e negativo, «é a matéria-prima onde se deve inscrever a graça».
«Se não for na vida, onde é que a graça incide? A semente lançada, em que terra germinará? Parece que o cristianismo ainda precisa de se reconciliar com a realidade das coisas», declarou.
A fé, todavia, não resolve de imediato todas as cisões: «Qual foi a solução de Jesus para a samaritana, para Pedro, para a mulher adúltera? Não sei se Ele tem alguma solução. Se Jesus faz alguma coisa, é expor e acicatar a ferida; então já não se trata de uma solução para um problema, mas trata-se de atravessar a vida tomados pela graça».
«Como é que a vida dos crentes e das comunidades crentes assinala a vida dos outros com um toque de graça? Se a paróquia não coloca esta questão, como é que marca a vida concreta das famílias com esse toque da graça? Mas a nossa preocupação é “quantos estiveram?” – o valor do número, que não vale nada», vincou.
Para o padre José Frazão, o «essencial da fé» reside na «encarnação», isto é, no facto de Cristo ter habitado como homem no meio dos homens, pedra angular «que corre o risco de se tornar uma abstração».
«A verdade de Jesus Cristo, reconhecida pela fé, não sobrevoa a finitude; esta torna-se o lugar da exposição do Santíssimo; não é só uma custódia exterior, mas o lugar incontornável da revelação», referiu, acrescentando que não é possível «pensar Deus sem humanidade».
Perante a «tentação gnóstica de compreender o Espírito sem carne, sem história, sem linguagem, sem tangibilidade», urge não só «uma experiência de fé íntima, pessoal», como esta «precisa de ter visibilidade, precisa de se encarnar para testemunhar que a fé em Jesus Cristo assume uma forma reconhecível, identificável».
Para que a fé seja «um modo de fazer, estar, proceder, habitar, mais do que um código de conduta, um compêndio de moral, um baú de memórias», requer-se «discernimento», ou seja, «uma disposição a desejar profundamente e a querer verdadeiramente os sinais da passagem de Deus pelas linhas que tecem a existência».
«Por onde passa o Espírito na nossa história? O que quer de nós? Em que direção nos conduz? Não encontraremos a resposta se não se nos expusermos ao caminho que a pergunta faz diante de nós», realçou.
No entender do religioso, «o exercício do discernimento é difícil, complexo, implica compreensões diferentes sobre a mesma questão», especialmente quando entre os cristãos é notório «um défice enorme de colocar leituras diferentes da mesma realidade para se chegar a identificar a vontade de Deus».
Se, por um lado, é preciso vencer a resistência à mudança - «tornámo-nos odres velhos incapazes de conter a novidade do Espírito» -, por outro impõe-se um «tempo de espera e de paciência, para não haver precipitações a aderir ou a recusar».
O mais importante na vida espiritual, frisou o padre José Frazão, é ter a convicção de que «o valor do que não tem valor na vida espiritual são os pobres»: «São eles que nos vão julgar», segundo o Evangelho.
Na construção de «espaços habitáveis, humanos, e espirituais», dever que cabe a cada cristão, importa «escolher o que aproxima de Jesus: a pobreza, a humildade», assinalou.
Rui Jorge Martins 
Publicado em 11.11.2014
Coimbra recebe Fórum Ecuménico Jovem

O que fazes do teu tempo? 

É a pergunta base do XVI Fórum Ecuménico Jovem, no próximo dia 15 de Novembro, no Instituto Missionário dos Dehonianos.

"O que fazemos do nosso tempo? A quem, a quê, concedemos algum do nosso tempo? A que velocidade passamos pelas coisas, pelas pessoas, pela vida?"

"E se tentássemos parar um pouco, para escutar, para dizer o que nos vai cá dentro, para partilharmos com outros o que realmente enche, ou queremos que encha, o nosso tempo?"

Questões que vão ser colocadas aos jovens, convidando-os a reflectir sobre elas e encontrar novos caminhos para este tempo.




Deus costuma usar a solidão para nos ensinar sobre a convivência. 

Às vezes, usa a raiva para que possamos compreender o infinito valor da paz. 

Outras vezes usa o tédio,quando quer nos mostrar a importância da aventura e do abandono.
 
Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar sobre a responsabilidade do que dizemos. 

Às vezes o cansaço, para que possamos compreender o valor de despertar. 

Outras vezes usa a doença,quando quer nos mostrar a importância da saúde.
 
Deus costuma usar o fogo, para nos ensinar andar sobre a água. 

Às vezes usa a terra, para que possamos compreender o valor do ar. 

Outras vezes usa a morte, quando quer nos mostrar a importância da vida...

                                                                                                        (Fernando Pessoa)

sábado, 1 de novembro de 2014

Encontro com D. José Traquina 
Bispo Auxiliar da Diocese de Lisboa

Foi com grande satisfação e alegria que hoje recebemos a pessoa e as palavras do Sr. D. José Traquina no seio na nossa comunidade.

Com uma linguagem muito simples e acessível, escutámos e muitos de nós aprendemos com certeza, o que é um Sínodo e um Concílio, o que os distingue, quando e como cada um pode ser convocado e por quem e ainda o sentido que cada um tem dentro da Igreja, com o seu resultado ou produto final.

Mas mais interessante foi a pergunta que fez a cada um dos presentes:

Imaginem que caía à terra uma nave com extraterrestres e vêem um grupo de pessoas (católicas) reunidas. Vão ter com elas e perguntam-lhes:  
- Quem são vocês? E o que fazem aqui?
- Bem, nós somos católicos e estamos aqui porque isto é uma Igreja!
- E o que é isso de Igreja? perguntam os extraterrestres 

E que resposta damos nós à pergunta:   O que é a Igreja? 

Resposta difícil de dar!  Mas aos poucos, lá foram surgindo algumas ...

... Amor, Felicidade, Partilha, Caridade, Verdade, Humildade, Jesus Cristo, Proximidade

Explicou então o Sr. Bispo ...

... do Concílio Vaticano II (1962) saiu um documento - A Constituição Dogmática sobre a Igreja "Lumem Gestium" que traduzido quer dizer: Luz das Gentes/Povos

O capítulo I deste documento começa por dizer que a Igreja é Mistério - Não com o sentido que normalmente lhe damos como sendo algo que desconhecemos, ou não podemos dizer, mas antes, como sendo Mistério de Deus, ou seja, desígnio de Deus, vontade de Deus. A Igreja não nasce da vontade e fruto do trabalho dos homens. A Igreja nasce, porque assim Deus quis. Por isso nós dizemos que acreditamos na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica. 

Depois no capítulo II diz que a Igreja é o Povo de Deus  

e só no III capítulo é que fala na Constituição Hierarquica da Igreja 

Todas as suas palavras levou-nos a despertar para quê?

A Igreja é Santa, criada por Deus, cujos membros são o Seu Povo e que tem à sua cabeça Jesus Cristo.

É neste sentido que todos somos chamados a reflectir sobre a nossa responsabilidade como membros desta Igreja. Somos chamados a repensar o nosso modo de viver e de agir como cristãos.  

Citando o ponto 2. e 3. da Introdução da Exortação Apostólica do Papa Francisco "Evangelli Gaudium":

"2. O grande risco do mundo atual, com a sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada. Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do Seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem. Este é um risco, certo e permanente, que correm também os crentes. Muitos caem nele, transformando-se em pessoas ressentidas, queixosas, sem vida. Esta não é a escolha de uma vida digna, plena, este não é o desígnio que Deus tem para nós, esta não é a vida no Espírito que jorra do coração de Cristo ressuscitado.

Diz ainda o Papa Francisco

3. Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo (...) Somente graças a este encontro - ou reencontro - com o Amor de Deus, que se converte em amizade feliz, é que somos resgatados da nossa consciência isolada e da autorreferencialidade. Chegamos a ser plenamente humanos, quando somos mais do que humanos, quando permitimos a Deus que nos conduza para além de nós mesmos a fim de alcançarmos o nosso ser mais verdadeiro... "

Pensemos nisto, respondendo ao convite do nosso Papa, participando no desafio que o nosso Patriarca D. Manuel Clemente lançou à Diocese de Lisboa, reflectindo sobre os temas desta Exortação, ao mesmo tempo que vamos indo ao encontro, ou reencontro com Jesus Cristo.